Fabasa apresentou resultados expressivos no ano de 2023

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A Fabasa obteve resultados consistentes e expressivos em 2023. A Fundação segue crescendo e apresentando performance positiva, mantendo a solidez, com a diversificação da carteira, sempre atenta às oportunidades de investimento. A entidade vem cuidando dos recursos com profissionalismo, protegendo o patrimônio de quase cinco mil participantes, que hoje atinge R$ 1,1 bilhão.

O plano de Contribuição Definida (CD), que conta com 4,6 mil participantes, entre ativos a assistidos, registrou uma rentabilidade de 13,89% no ano, percentual bem acima da meta atuarial, de 7,81%. Como uma carteira de investimentos diversificada, o Plano CD da Fabasa ficou à frente do CDI (13,04%) e também dos maiores planos de previdência privada dos maiores bancos do país, como o Banco do Brasil (12,27%), Bradesco (13,03%), Itaú (12,51%), Caixa Econômica (12,60%) e Santander (12,90%).

O diretor Administrativo e Financeiro da Fabasa, Dermeval Lima Filho, destacou que o resultado da Fundação ficou acima também do resultado consolidado das fundações de previdência complementar semelhantes, cujo resultado médio foi de 12,40% no ano, conforme a empresa Aditus, que presta consultoria financeira a boa parte do setor de previdência complementar.

“Quando a gente compara, podemos verificar que o resultado da Fabasa não somente foi melhor do que o das outras entidades de previdência complementar, mas também tivemos uma performance bem expressiva e superior aos dos planos administrados pelas instituições financeiras”, enfatizou Dermeval Filho.

Já o plano de benefício definido (BD), que conta com apenas 160 participantes – na maioria assistidos que já recebem o benefício, teve uma rentabilidade líquida de 11,58%, percentual também acima da meta atuarial, que era de 8,56%.

Perspectiva – Para 2024, segundo o diretor, o ciclo de queda de juro no Brasil deve continuar, já que a inflação deve se manter sob controle. “Os juros caindo também nos Estados Unidos ajudam à redução aqui. Mesmo assim, a gente entende que os investimentos na renda fixa continuarão atrativos. Mesmo que a nossa taxa de juro caia a patamares de 9,5% ou 10%, com a inflação controlada entre 3,5% e 4%, teremos um juro real bem expressivo”, afirmou. Ele lembrou que, como a Fabasa aloca investimentos a longo prazo, é preciso antecipar o mercado, fazendo “o plantio para colher lá na frente”.

Segundo Dermeval Filho, caso a queda gradativa da taxa de juros se confirme, a equipe de investimentos da Fabasa buscará outras alternativas de investimento, visando ganhos no longo prazo. “A gente hoje tem no nosso portfólio um percentual elevado em renda fixa, por conta das questões de mercado. Porém, temos posições em investimentos em renda variável, num patamar menor, em virtude do mercado financeiro; investimentos em fundos estruturados, com características mais sofisticadas, que buscam ganhos em cima de juros, moedas e ativos em bolsa valores; fundos no exterior, que em 2023 tiveram uma performance muito positiva, além da renda fixa”, citou.

“O ano de 2023 foi muito bom e muito proveitoso, e nossos resultados são consistentes. A gente vem atingindo uma meta, amplia o espectro para o longo prazo. Quando verificamos o resultado consolidado dos últimos 24 meses, também tivemos boa performance. E a perspectiva é que 2024 também consigamos atingir os objetivos. O planejamento para os investimentos já foi todo traçado no final de 2023 e a nossa equipe está atenta às oportunidades para trazer o melhor retorno para todos os participantes”, afirmou o diretor.

 

Cenário macroeconômico

O cenário mundial apontou para juros mais altos nos Estados Unidos e na Europa, devido à inflação. Guerras também trazem instabilidade no continente europeu e no Oriente Médio. Na China, o maior problema é no mercado imobiliário, o que contribui para uma redução na demanda global.

Dermeval Filho explicou que, nos Estados Unidos, a inflação em índices elevados fez com que o Banco Central americano (Fed) aplicasse uma política monetária mais restritiva, elevando os juros ao patamar de 5,25% e 5,50%. O mercado financeiro ficou receoso que a quebra de dois bancos regionais contaminasse o setor, o que não se confirmou. Apesar da subida de juros, a economia americana cresceu 5,2% no terceiro trimestre. Mas os salários nos Estados Unidos permaneceram elevados, isso fez com que a inflação continuasse pressionada. Por conta dessa subida de juros, houve um maior endividamento do Tesouro Americano, devido à emissão dos títulos públicos com níveis de taxa muito elevados.

Na Europa, assim como os Estados Unidos, houve uma escalada inflacionária que fez com que o Banco Central da Zona do Euro também elevasse os juros, chegando ao patamar de máxima histórica de 4% ao ano, índice considerado muito elevado para aquele mercado. No início do ano, houve a quebra do Credit Suisse, um banco suíço. O Banco Central europeu, no entanto, agiu e o UBS Bank absorveu a operação da instituição, de modo que o mercado bancário não sofreu contaminação mais substancial. A guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que ainda não terminou, gera instabilidade, e um impacto grande nos preços do trigo milho e cevada, já que são os maiores exportadores desses grãos no mundo.

Na China, segundo Dermeval, o maior problema se dá no mercado imobiliário que corresponde a 1/4 do PIB chinês. Há uma falta de confiança no setor, especificamente por conta da inadimplência dos incorporadores, que deixaram dezenas de obras inacabadas no terceiro trimestre de 2023. A China cresceu 4,9%, no entanto, ao comparar ao segundo trimestre, houve uma desaceleração em 6,3%. O diretor explica que a demanda global fraca explica a perda desse ritmo de crescimento chinês e há uma dificuldade de a China voltar a engrenar. Embora o crescimento de 4,9% seja alto em relação a alguns países, a China vinha crescendo de forma muito mais vigorosa.

Já o conflito entre o Israel e o grupo Ramas, que gerou uma crise no Oriente Médio, trouxe uma instabilidade ao preço do petróleo. O que conseguiu segurar os valores foi a demanda mundial.

Brasil

O Brasil registrou queda na taxa de juros, já que o país havia elevado de forma mais antecipada do que os demais países do mundo. A Selic começou 2023 no patamar de 13,75% e fechou em 11,75%. Além dos juros ainda elevados, outros dois principais fatores ajudaram na queda da inflação: a queda no preço da gasolina e a apreciação do Real frete ao Dólar. Isso fez também com que o poder de compra do brasileiro melhorasse. Além disso, a super safra de alimentos no primeiro semestre de 2023 ajudou bastante na redução do preço dos alimentos. O IPCA fechou em 4,62% e o INPC em 3,71%. A inflação melhorou, a economia sofreu uma pequena melhora, o desemprego saiu de 8,4% para 7,6% no terceiro trimestre de 2023, uma melhora considerável levando em consideração que chegou a 12% em 2022. A projeção de crescimento do PIB gira em torno de 2,92%, conforme o relatório Focus do Banco Central. Dermeval Filho cita entre as questões em 2024 envolvendo a política, mas com reflexo na economia, o arcabouço fiscal, cuja meta de déficit zero, que o mercado de certa forma entende que será um tanto quanto difícil de ser alcançada, é reafirmada pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Já a reforma tributária, aprovada pelo Congresso, e algumas medidas vão ajudar a melhorar a arrecadação e desburocratizar um pouco a economia brasileira.

 

Ascom/Fabasa