Um em cada quatro brasileiros será idoso

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A população brasileira segue a sua trajetória de envelhecimento. A Projeção de População, que acaba de ser divulgada pelo IBGE, mostra que o percentual de pessoas com mais de 65 anos passará dos atuais 9,2% para 25,5% no ano de 2060. Ou seja, 1 em cada 4 brasileiros será idoso, totalizando uma parcela de 58,2 milhões.

A estimativa do órgão aponta que a fatia de pessoas com mais de 65 anos alcançará 15% da população já em 2034. No ano de 2039, a pesquisa indica que o país passará a ter mais idosos do que crianças. O que explica esse envelhecimento é a queda na taxa de fecundidade total, que reduz o número de nascimentos ao longo do tempo. Por outro lado, cresce a expectativa de vida, que chegará até 84 anos em alguns estados.

Assim como já ocorre em muitos países da Europa, por exemplo, a proporção de idosos na população crescerá de forma vertiginosa, enquanto a taxa de fecundidade deve continuar caindo no Brasil. Atualmente, ela é de 1,77 filho para cada mulher. Pela projeção, deverá cair para 1,66 em 2060. Por isso, o IBGE estima que número de habitantes do país deve parar de crescer em 2047. Na Bahia, isto já ocorrerá a partir de 2035.

O presidente da Fabasa, Luis Reis, afirma que esta realidade provocará muitas mudanças na sociedade, nos próximos anos. “Deverá haver uma preocupação cada vez maior com a atenção ao idoso, que representará uma grande parcela da população. Todos, na atualidade, deverão estar atentos e levar em conta este aumento da expectativa de vida, e da necessidade de buscar meios para um futuro com mais qualidade”, citou.

Já o diretor Administrativo e Financeiro da Fabasa, Dermeval Lima, destacou os desafios, nas próximas décadas, quanto às questões relativas à Previdência pública. Hoje, para cada 100 pessoas em idade ativa para trabalhar, há 44 menores e idosos. Segundo o IBGE, essa proporção vai passar de 50% a partir de 2035 e aumentar para 67,2% em 2060. “Isto mostra o tamanho dos obstáculos que deverão ser enfrentados pelo Poder Público e faz abrir os olhos da população, sobretudo dos trabalhadores, para a necessidade de se fazer poupança através de uma Previdência Complementar”, citou.

As mudanças nas configurações sociais mostram a necessidade de mobilização quanto ao aumento da promoção de políticas públicas que garantam que a população idosa envelheça de forma ativa, além da oferta de serviços e produtos, pela iniciativa privada, direcionados a esta parcela importante da população.