Entenda o que é atuária e os temas relacionados a essa ciência

Share on facebook
Share on twitter
Share on email
Share on whatsapp

Atuária – o que é isso?

A ciência atuarial é a ciência das técnicas específicas de análise de risco e expectativas, principalmente na administração de seguros e fundos de pensão. Esta ciência aplica conhecimentos específicos das
matemáticas estatística e financeira.
Mesmo parecendo uma ciência recente, as origens da atuária (nome pela qual também é conhecida)
remontam às primeiras preocupações em se criarem garantias aos indivíduos de uma sociedade e em se
estudar quantidades de nascimento e morte das pessoas

Um pouco da história

No século XVII, na Inglaterra e na Holanda, as coroas empenhavam-se em vender aos seus súditos títulos públicos que asseguravam ao tomador a percepção de uma renda vitalícia. Assim, foi necessário
determinar com a maior precisão a importância em dinheiro que deveria ser cobrada em contraprestação ao serviço, para que não houvesse prejuízo à coroa, trabalho destinado aos melhores matemáticos da época.
Desse desafio nasceu, na Inglaterra do final da primeira metade do século XIX a ciência atuarial moderna,
e destinava-se às áreas de pensão e aposentadoria, basicamente com o objetivo de estudar a mortalidade da população. Isso só foi possível com o advento do cálculo da probabilidade de Pascal, no final da primeira metade do século XIX, na Inglaterra.

Fonte: Wikipedia

O Atuário

O atuário é o profissional responsável pelo estudo, análise e quantificação dos riscos atuariais nos planos de benefícios administrados pela EFPC, desenvolvendo modelos matemáticos e estatísticos para avaliar a implicação financeira de eventos futuros e incertos relacionados aos planos. O atuário realiza o cálculo das reservas matemáticas e do custo dos planos, determinando o fluxo de recursos necessários para garantia de sua liquidez, equilíbrio e solvência.

Nos planos de benefícios estruturados na modalidade de benefício definido (BD) e
contribuição variável (CV), a elevação da expectativa de vida implica a elevação dos compromissos assumidos pelo plano, podendo resultar em desequilíbrios financeiros e atuariais.

Nos planos de benefícios estruturados na modalidade de contribuição definida (CD), o aumento na sobrevida dos participantes pode resultar em esgotamento prematuro de suas reservas individuais ou redução significativa do valor de seus benefícios.

Fonte: Guia Previc de melhores práticas atuariais

Hipóteses ou Premissas Atuariais
Para definir o montante das obrigações de um plano de benefícios e o custo para suportá-las, o atuário – profissional especialista em cálculos matemáticos e estatísticos – adota as chamadas hipóteses ou premissas atuariais.

As hipóteses atuariais têm relação direta com o custo do plano de benefícios e com seu equilíbrio, tendo em vista que uma premissa atuarial equivocada, que não guarda relação com a realidade do plano ou com o contexto em que este se insere, fará com que as obrigações sejam incorretamente avaliadas, ensejando um custeio inadequado do plano e, por consequência, a provável ocorrência de déficit.

As premissas atuariais devem estar em harmonia com a massa de participantes e assistidos do plano de benefícios e, se for o caso, com a política de recursos humanos do patrocinador.

Exemplos de hipóteses atuariais:

Premissas Biométricas
As Tábuas Biométricas são instrumentos destinados a medir as probabilidades de sobrevivência, morte, morbidez e higidez dos participantes de um plano securitário.

De um modo geral, utilizam-se tábuas para medir a:

mortalidade geral do grupo;
mortalidade dos inválidos;
entrada em invalidez
rotatividade
Premissas Econômicas
Essas premissas devem balizar prognósticos econômicos prudentemente amparados na matemática econômica e em elementos de econometria de comprovada consistência.

Normalmente são considerados os seguintes fatores:

inflação de longo prazo;
ganho real dos investimentos;
escala de ganhos salariais;
indexador de benefícios;
teto de benefício do sistema público;
custeio administrativo.
Premissas Genéricas ou não econômicas

Essas premissas representam elementos adicionais ao cálculo das reservas matemáticas, e têm extrema importância na composição da gestão de risco do plano.

Normalmente são considerados os seguintes fatores:

composição familiar;
idade presumida de aposentadoria;
idade de entrada no emprego;
idade de adesão ao sistema público de benefícios;
opcionais formas de escolha dos benefícios.